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Blog - Doenças que afetam a córnea e como tratá-las

Doenças que afetam a córnea e como tratá-las

Doenças que afetam a córnea e como tratá-las

17/08/2022

As doenças que afetam a córnea podem causar diminuição da acuidade visual, desconfortos e, até mesmo, a perda da visão.
 
Em muitos casos, essas patologias podem surgir por herança hereditária, em decorrência do processo de envelhecimento ou associadas a fatores ambientais e comportamentais.
 
Quer descobrir 3 doenças que afetam a córnea e como tratá-las?
 
O que é a córnea e qual sua função para a visão? A córnea é um tecido transparente fino localizado na parte anterior dos olhos que cobre a íris e a pupila, como se fosse o “vidro do relógio” dos nossos olhos.
 
Ela não só protege o globo ocular de ameaças externas, como também funciona como uma espécie de lente por onde a luz entra e é focalizada.
 
Ou seja, graças à transparência e à curvatura da córnea, é possível formar a imagem na retina com foco e nitidez.
 
Portanto, quando há perda na integridade estrutural desse tecido, ocorrem prejuízos à acuidade visual do paciente, comprometendo o pleno exercício das atividades diárias.
 
3 doenças que afetam a córnea e como tratá-las
 
Agora que você já sabe que as doenças que afetam a córnea comprometem diretamente a capacidade visual, conheça 3 delas e as principais formas de tratamento.
 
Ceratite
 
É uma doença que afeta a córnea, de caráter inflamatório, que pode ser causada pelo uso inadequado de lentes de contato, por deficiência na produção ou qualidade da lágrima, por dificuldade do fechamento das pálpebras, por alergia ou por agentes infecciosos e pode causar lesões na córnea.
 
A ceratite pode ser unilateral, ou seja, manifestar-se em apenas um dos olhos, bem como bilateral, afetando os dois.
 
Os sintomas dessa doença trazem bastante desconforto para o paciente, como:
 
- Vermelhidão nos olhos;
- Sensação de areia nos olhos;
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Produção excessiva de lágrimas;
- Visão turva ou embaçada;
- Dor;
- Irritação nos olhos;
- Diminuição da acuidade visual (casos mais graves).
 
A ceratite ocular pode ser controlada, desde que tratada de forma precoce e corretamente.
 
Porém, ela também pode evoluir para casos mais graves, como inflamação crônica, úlcera e edema da córnea, por exemplo, reduzindo temporária ou permanentemente a capacidade visual do paciente.
 
A boa notícia é que a ceratite tem controle ou/e, em muitos casos, cura!
 
O tratamento irá se basear no agente causador da doença, já que ela pode ser motivada por diversos fatores.
 
Na maioria dos casos, colírios e pomadas oftalmológicas costumam ser suficientes para o tratamento da doença. Medicamentos orais, como antivirais, antibióticos e corticoides, por exemplo, podem ser necessários em alguns casos.
 
O tratamento adequado evita a evolução para casos graves que podem eventualmente necessitar de tratamentos mais invasivos.
 
Ceratocone
 
O ceratocone é outra das doenças que afetam a córnea, sendo caracterizado por uma alteração da biomecânica da córnea, causando uma superfície irregular e oticamente anormal.
 
Ele é uma patologia com fatores genéticos e ambientais e que causa o afinamento progressivo da córnea, provocando a projeção irregular da curvatura frontal dos olhos e formando uma proeminência em forma de cone.
 
Em casos muito avançados, a doença pode comprometer também a transparência da córnea, prejudicando ainda mais a visão.
 
Fatores ambientais e comportamentais, como coçar excessivamente os olhos, por exemplo, contribuem diretamente para o surgimento e evolução da doença.
 
As alterações na transparência e estrutura da córnea causam os principais sintomas da doença, como:
 
- Visão embaçada e/ou distorcida;
- Aumento ou mudança frequente no grau dos óculos e das lentes de contato;
- Baixa acuidade visual;
- Fotofobia (sensibilidade à luz);
- Comprometimento da visão noturna;
- Imagens fantasmas;
- Visão dupla (diplopia);
- Perda progressiva da visão.
 
Um diagnóstico precoce favorece um tratamento mais assertivo e menos invasivo.
 
Existem duas frentes conjuntas e independentes para o acompanhamento do paciente com ceratocone. Uma frente com foco para melhorar a acuidade visual do paciente e outra para monitorar e evitar a evolução da doença.
 
No estágio inicial, o uso de óculos é uma medida corretiva eficaz para recuperar a qualidade da visão do paciente.
 
Entretanto, em casos mais graves, em que os óculos não são tão eficientes, lentes de contato especiais e implante do anel intracorneano surgem como tratamentos mais indicados.
 
Atualmente existem muitos modelos de lentes de contato com curvaturas especiais que melhoram a acuidade visual do paciente com ceratocone, com conforto para melhor tolerância ao uso.
 
Já o anel intracorneano é uma intervenção cirúrgica em que uma prótese acrílica é inserida no meio da córnea, a fim de regularizar a sua curvatura, sendo um procedimento ajustável e reversível.
 
O anel intracorneano pode melhorar a acuidade visual do paciente de uma forma geral e, também, melhorar a tolerância aos óculos ou lentes de contato.
 
Em pacientes com sinais de evolução da doença e que preencham critérios específicos, há indicação de crosslinking.
 
No crosslinking, primeiramente, é realizada uma raspagem da superfície da córnea para, posteriormente, ser aplicado um colírio à base de vitamina B (riboflavina) seguido de um feixe de luz ultravioleta.
 
Dessa forma, ocorre o endurecimento das moléculas de colágeno da córnea, fortalecendo sua estrutura e evitando a progressão da doença.
 
O transplante de córnea é a última opção no tratamento do ceratocone, já que existem mais riscos envolvidos, como o de rejeição da córnea transplantada e de falência tardia, sendo necessário novos procedimentos.
 
Porém, é uma opção que pode restabelecer uma visão funcional em pacientes com a acuidade visual muito comprometida, ou seja, casos muito graves.
 
Úlcera da córnea
 
A úlcera da córnea é uma ferida aberta sobre a córnea que pode ser causada por agentes infecciosos, por alergias graves ou por defeitos de sensibilidade corneana, entre outras causas.
 
É uma enfermidade gravíssima que pode causar danos irreversíveis à visão do paciente, como a cegueira, por exemplo. O diagnóstico e tratamento adequados diminuem o risco de complicações mais sérias.
 
Essa é outra das doenças que afetam a córnea e é provocada por infecções bacterianas, fúngicas e virais, bem como lesões na córnea, alergia, uso inadequado das lentes de contato e olho seco.
 
Dessa forma, os principais sintomas da úlcera da córnea são:
 
- Olhos vermelhos;
- Olhos lacrimejantes;
- Sensação de corpo estranho;
- Dor no olho;
- Secreção ocular;
- Visão turva ou embaçada;
- Fotofobia; 
- Pálpebras inchadas;
- Córnea esbranquiçada.
 
O tratamento da doença é realizado de acordo com o agente causador, como vimos anteriormente.
 
Dessa forma, antibióticos, antivirais e antifúngicos em colírios ou pomadas cicatrizantes são as formas mais comuns de tratamento. E, em alguns casos, precisamos utilizar medicações via oral ou até mesmo via injetável.
 
Em casos mais graves e avançados, com pouca resposta ao tratamento, a última alternativa é a ceratoplastia (transplante de córnea).
 
Por isso, é sempre importante você buscar a ajuda de um médico oftalmologista para avaliar o seu caso em particular e prescrever o melhor tratamento.
 
Contamos com uma infraestrutura moderna completa e com equipamentos de última geração para oferecer a você ajuda médica-oftalmológica de excelência.
 
Nosso corpo clínico é formado por médicos altamente capacitados, além de uma vasta experiência no cuidado primoroso da saúde ocular dos nossos pacientes.