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Como funciona o transplante de córnea?
06/02/2023
A córnea e o cristalino são duas estruturas bem distintas, e juntas funcionam como as lentes de uma máquina fotográfica, sendo as grandes responsáveis pela formação de uma imagem nítida na retina. Após esta analogia, fica mais fácil de entender que a perda de transparência, integridade ou regularidade da córnea afetará diretamente na forma como enxergamos. Quando esta alteração não pode ser tratada de forma clínica ou através de outras técnicas cirúrgicas menos invasivas, está indicado o transplante de córnea.
Diversas patologias podem levar à indicação de transplante. Dentre as mais comuns estão a Distrofia de Fuchs, ceratopatia bolhosa, ectasias (por exemplo, o ceratocone), cicatrizes e úlceras que não respondem ao tratamento clínico.
O transplante de córnea com finalidade óptica, ou seja, com o objetivo de restaurar a visão, consiste justamente na troca total ou parcial de uma córnea alterada por outra saudável, de forma que seja restabelecida a sua capacidade de atuar como uma lente de qualidade para o complexo sistema óptico que é o olho.
No transplante penetrante de córnea, ou ceratoplastia penetrante, é realizada a troca de toda a espessura da córnea. Esta é a técnica mais tradicional e foi por muito tempo a única disponível para tratar as afecções que acometem este segmento. Entre o dia da cirurgia e o momento que o oftalmologista prescreve algum tipo de correção para o paciente como por exemplo, óculos, há no mínimo um intervalo de 9-12 meses.
Isso não quer dizer que o indivíduo não poderá notar melhora da visão transcorridas algumas poucas semanas de pós-operatório, porém nesta técnica geralmente se faz necessária a retirada de suturas, que é iniciada com cerca de 6 meses de pós-operatório.
Os transplantes lamelares são técnicas mais novas e seguem em constante evolução. Resumidamente, se dividem em transplante lamelar anterior e posterior. Quando entramos especificamente na técnica para cada uma destas cirurgias, nos deparamos com uma verdadeira sopa de letrinhas, tanto para as técnicas lamelares anteriores (ALK, DALK, FLALK, etc), quanto para as posteriores (DSEK, DSAEK, DMEK, PDEK, etc).
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