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Quais são os tipos de conjuntivite?
14/02/2023
A conjuntivite viral é aquela causada por qualquer tipo de vírus. É comum que os vírus causadores de infecções respiratórias, inclusive o COVID-19, estejam associados à conjuntivite. Desta forma, é frequente nos depararmos com quadros de resfriado associado a vermelhidão ocular.
Nada impede de haver um quadro de conjuntivite viral sem associação com outros sintomas em outras partes do corpo.
Além da hiperemia e edema, é característica a presença de secreção mucosa (uma secreção espessa, de coloração branca ou levemente amarelada), e lacrimejamento intenso.
Muitas vezes, devido a estes sintomas, há uma nítida sensação de que há algo dentro do olho, como se fosse um corpo estranho. Dependendo da quantidade de secreção, as pálpebras podem ficar grudadas, principalmente se a limpeza não for frequente, ou até mesmo após uma noite de sono.
Pálpebras edemaciadas (inchadas) também são bastante comuns, bem como a sensibilidade aumentada ou intolerância à claridade (fotofobia). A conjuntivite viral não causa rebaixamento significativo da visão podendo, porém, causar leve turvação pela secreção e lacrimejamento.
O tratamento desta conjuntivite envolve medidas de limpeza frequente com soro fisiológico 0.9% (atenção: não usar soro aberto há mais de 7 dias) e instilação de colírios que tragam alívio dos sintomas, inicialmente os lubrificantes oculares.
Colírios com vasoconstritores na sua fórmula, que causam um rápido e passageiro efeito “branqueador”, não são recomendados. Eles podem trazer graves efeitos adversos. Evite qualquer produto com benzalcônio ou nafazolina na formulação.
Eventualmente, a conjuntivite viral pode estar associada a complicações agudas de maior gravidade, como o surgimento de pseudomembrana, edema intenso das pálpebras e ceratite.
Nestes casos, o tratamento passa pelo uso de outras classes de colírios e até mesmo medicações orais, além da necessidade de retornos periódicos ao oftalmologista.
A contaminação por vírus se dá através do contato direto ou indireto com as secreções da pessoa infectada. Desta forma, é importante que a pessoa com conjuntivite fique afastada de outras, evite levar as mãos aos olhos e as higienize com frequência, e não compartilhe objetos que tenham contato com os olhos, tal qual toalhas e travesseiros.
Conjuntivite bacteriana
Enquadrar todas as conjuntivites bacterianas em um único parágrafo sem causar grande imprecisão é um desafio.
Inicialmente, a história clínica da infecção é essencial para suspeitarmos de infecções bacterianas. Por exemplo: a conjuntivite neonatal, causada por Clamídia ou Gonorréia, está relacionada ao parto normal (vaginal) de mães infectadas.
No exame, a maior diferença clínica entre a conjuntivite bacteriana e viral é a quantidade e característica da secreção produzida. No caso das conjuntivites bacterianas, é mais comum uma grande quantidade de secreção de coloração esverdeada ou purulenta.
O diagnóstico pode envolver a coleta de material para realização de exames que identificam a bactéria causadora e direcionam o tratamento, geralmente a bacterioscopia e a cultura associada a antibiograma.
A conjuntivite bacteriana, se não tratada, pode evoluir com complicações graves que podem levar a comprometimento visual e até cegueira. Desta forma, é muito importante que o diagnóstico correto seja estabelecido, e o tratamento seja iniciado prontamente.
Conjuntivite alérgica
Diferente das conjuntivites viral e bacteriana, a conjuntivite alérgica não é causada por qualquer agente infeccioso.
Trata-se de uma resposta inflamatória do organismo a algum agente externo, seja material de origem biológica (como os ácaros ou pêlos de animal), seja a agentes químicos, como medicações ou produtos cosméticos.
Lembre-se que conjuntivite é uma urgência médica e somente o Oftalmologista é habilitado ao correto diagnóstico e tratamento destes casos.
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